SPORTING ATÉ À MORTE

Que a debandada seja aproveitada...

Já é oficial, o futebol profissional do Sporting levou esta sexta-feira uma debandada geral e o tão desejado e proclamado sangue novo está a caminho. De manha foi Paulo Bento, alvo de todas as criticas, que decidiu anunciar a rescisão de contrato com o clube, demitindo-se assim da sua posição de técnico leonino. De tarde foi a vez das outras duas caras fortes do futebol seguirem o mesmo caminho, com Pedro Barbosa e Ribeiro Telles a abandonarem os seus postos no clube. Estas duas ultimas decisões fazem todo o sentido pois para lá da posição determinante em toda a estrutura, sendo naturalmente parte activa de todo o falhanço deste projecto, ambos "esconderam-se" sempre por de trás de Paulo Bento, fragilizando este e cumulativamente todo o plantel. Assim chegou a hora da mudança em Alvalade, depois de quatro penosos e angustiantes meses a chicotada fez-se sentir e daqui para a frente nada será igual. Com tudo, sendo esta a altura de todas as decisões, é fundamental e imperativo que se compreenda que Paulo Bento está longe de ser o problema principal do mau momento, não se podendo descartar este ultimo de grande parte do insucesso, a verdade é que o mal do futebol profissional é bem mais largo do que a figura de Paulo Bento. Como tal, para que este ponto de ruptura não resulte numa nova era igual à agora finda ou ainda pior, urge tomar as decisões certas no sentido de catapultar o nosso Sporting para a ribalta. Assim sendo, antes de procurar um novo técnico, ou pelo menos de forma paralela a esta procura, é de todo fundamental que José Eduardo Bettencourt "limpe" tudo o que de mal vai no seio daquele grupo de trabalho, grupo que "insistiu" na saída de Paulo Bento. Para evitar que estes rapazes façam o mesmo com o novo treinador, e para evitar fragilidades de ante-mão como no período agora interrompido, compete ao líder máximo da instituição incutir responsabilidade, união e sentido profissional em todos os atletas. Quanto ao novo treinador, a opção deverá recair entre uma de duas filosofias, ou se arrisca num treinador jovem mas com filosofia vencedora, e aqui sei bem o nome em que estou a pensar..., colocando-lhe o desafio de mostrar o que vale num grande clube até ao final da época, ou parte-se de imediato para a contratação de um nome sonante do futebol europeu, pois em Portugal não há de momento nenhum técnico experiente capaz de orientar tão grande clube. Resta-nos agora dar a Bettencourt e toda a direcção a tranquilidade de pensamento e escolha que até aqui não tiveram e esperar que desta feita não errem na analise e apostem no nome certo para revolucionar e melhorar o futebol leonino.