Futebol: Actualidade

Sinais da crise!!!

A wTVision, empresa encarregue de avaliar as estatísticas do passado jogo de sábado para a carlsberg cup, deu a conhecer alguns dados muito curiosos sobre o jogo, um deles, mostra que o Sporting correu na globalidade mais 13 quilómetros do que o Setúbal, contabilizando no total dos 13 jogadores intervenientes mais de 92 quilómetro percorridos durante os 90 minutos de jogo. Neste sentido, o destaque vai para João Moutinho, o capitão foi uma vez mais o primeiro a dar o exemplo, correndo mais de 9500 quilómetros, sendo seguido por Romagnoli e Miguel Veloso, ambos com mais de 8500 quilómetros.

No entanto, a grande elação que se pode retirar destes dados é bem mais negra e desprestigiante do que se pode pensar à primeira vista, pois estes números revelam a total desordem e incapacidade técnica que mora na nossa equipa… É verdade que estatísticas valem o que valem, e que podem ser “adulteradas” por uma imensidão de pequenos factores, mas no neste caso, estas são perfeitamente reveladoras das debilidades que esta época têm atormentado o reino do leão. Por um lado estes números evidenciam uma deficiente cooperação colectiva dentro de campo, situação que potencia corridas desenfreadas dos jogadores com bola e uma total inércia dos jogadores sem bola, sendo disso elucidativos os números que apontam para Moutinho, Romagnoli e Veloso, os jogadores que mais tiveram a bola nos pés…, a maior quilometragem. Por outro lado, revelam o total “desnorteio” que invade os nossos jogadores dentro do terreno, visto que eles vagueiam de um lado para o outro e nunca estão onde são necessários, situação facilmente constatável quando vimos ataques rápidos dos adversários, e os nossos jogadores mostram-se impotentes para os acompanhar!!! Além do mais, estes números evidenciam mais uma lacuna “trágica”do nosso futebol, que é a falta de velocidade no ataque, somos tão lentos e previsíveis, que as defensivas contrarias facilmente nos anulam, sem precisarem de correr muito… Neste ponto, a nossa falta de rapidez chega a ser “arrepiante”, e bem sabemos que as grandes equipas atacam muito e fazem os adversários correr também muito, para anularem as varias e intensas iniciativas atacantes…

É bom que Paulo Bento e os seus adjuntos comecem a pensar seriamente nesta situação e que os próprios jogadores percebam de uma vez por todas que só em grupo, verdadeiramente em grupo, conseguirão melhorar o rendimento…