Academia leonina Rei em Leixões
O Sporting é um clube com longa tradição na formação, ao longo dos mais de cem anos de vida saíram do clube de José Alvalade enumeros atletas de valia inquestionável, jogadores que colocaram quer o clube quer a selecção na alta rota do futebol mundial… Mas ao longo dos últimos tempo esse papel “formativo” tem sido levado cada vez mais a sério e aquilo que durante muitas décadas foi um “dom” especial é hoje um trabalho rigoroso e metódico. A verdade é que os frutos deste trabalho têm sido estupendos e dificilmente se poderia pedir ou exigir mais ao departamento de formação. Ano após ano saltam para o plantel principal novos jogadores, directamente vindos dos juniores ou de um clube onde estivessem emprestados, mas chegados ao plantel principal mostram quase sempre serviço e qualidade acima da media, são normalmente jogadores altamente preparados para a alta competição e que hoje, ao contrario de antigamente, entram sem medo e receio de “esgrimir” forças com os mais cotados nomes do futebol nacional. Deste modo, tem sido inolvidável o espaço conquistado pelos jovens da academia Sporting/Puma nos planteis mais recentes dos leões, planteis onde têm pontificado quase sempre se excepção pelo menos 6 jogadores formados no clube, numero que este ano atinge a esplêndida marca dos 8 atletas. A razão de tudo isto é sobejamente conhecida, na última década nenhum clube português e muitos poucos a nível mundial terão investido tanto dinheiro nesta secção como o Sporting. Felizmente, e talvez só isso tenha permitido a implementação definitiva desta conduta, os frutos angariados pelos leões têm sido fantásticos, suplantando o “lucro” desportivo e financeiro claramente as despesas deste projecto.
Losango 100% (made in) Academia Sporting
A boa rentabilidade da formação leonina dispensa qualquer tipo de provas, o seu valor e serviço “publico” tem sido tanto que ninguém se atreve sequer a pô-lo em causa, mas se provas fossem necessárias, o jogo desta fim-de-semana, em Matosinhos, é um perfeito exemplo de tudo o que foi dito. O Sporting entrou em campo com 5 jogadores oriundos da Academia, começou a segunda parte já com 7 jogadores oriundos da academia e terminou o desafio com 8 jogadores da sua formação, sim, 8 jogadores fruto da formação verde e branca… O numero “intimida” por si só, quando a grande maioria das equipas portuguesas não conseguem ter nos seus onzes mais de 5 jogadores portugueses, o Sporting consegue suplantar largamente essa fasquia só com jogadores dos seus escalões de formação!!! Tão incrível como este numero é o facto dos 4 jogadores de meio campo que alinharam toda a segunda parte, num dos campo mais difíceis da liga sagres, serem todos atletas formados em Alvalade, ou seja, o Sporting alinhou durante todo o período mais “sensível” do jogo, a metade onde a pressão é maior em busca do resultado, só com atletas “verdinhos” na zona “nevrálgica” do terreno de jogo. A situação que em qualquer outro clube nacional seria simplesmente catastrófica, talvez nenhum aguentasse 45 minutos em Leixões sem perder, foi para o Sporting normal, tão normal que os leões realizaram uma segunda metade “imperial”, sem deslumbrar, é verdade, mas isso tem sido habito na presente época, mas igualmente sem conceder grandes chances ao rival, que durante 45 minutos não teve uma única oportunidade de golo. A este quarteto intermediário, constituído por Adrien, Veloso, Moutinho e Pereirinha, juntaram-se ainda Carriço e Caneira na defesa, Patrício na baliza e Djalo no ataque. Muita juventude, muito trabalho de formação e também, é bom que não se esqueçam disso!!!, muito serviço publico da nossa parte, serviço caro, esforçado e valioso muitas vezes "esquecido" pelos media, orgãos deportivos nacionais e tudo o resto...
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